sábado, 13 de abril de 2013

ENTREVISTA DO PR. JOSÉ WELLINGTON PRESIDENTE REELEITO DA CGADB A UOL

Feliciano quer tirar proveito da situação, diz líder de sua igreja

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BRASÍLIA
O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) "está querendo tirar proveito" da onda de protestos para que ele deixe a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
A opinião é de José Wellington Bezerra da Costa, 78, reeleito anteontem presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus, principal entidade da maior denominação evangélica do país, da qual Feliciano faz parte.
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"Ele é político, está querendo tirar proveito desse troço. Ele está dando corda na coisa. Bobo ele não é", afirma Wellington, lembrando, no entanto, que a entidade dá "respaldo" para o deputado --que antes da polêmica era pouco conhecido fora dos círculos evangélicos.
Wellington é presidente da Convenção há 25 anos. Nesse período, a Assembleia se consolidou como uma potência religiosa (12,3 milhões de fiéis) e política (28 deputados federais).
"Somos muito assediados [por políticos]", diz o pastor, que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff: "A candidatura dela é uma nomeação, não precisa nem ir para a eleição".

José Wellington

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Andre Borges/Folhapress
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O pastor José Wellington, 78, confirmou o favoritismo e foi reeleito presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, principal entidade da maior denominação evangélica do país
Folha - Há um levante preconceituoso contra o Feliciano?
José Wellington - O Feliciano é novo, jovem, inteligente e eu creio que vocês são inteligentes, vocês estão vendo que ele está querendo tirar proveito. Ele é político, está querendo tirar proveito desse troço. Ele está dando corda na coisa. O Marco Feliciano, bobo ele não é.
Agora, eu acredito que há uma exploração, há uma exploração muito grande do pessoal do lado de lá [críticos de Feliciano]. A verdade é essa: nós estamos juntos da Igreja Católica. Porque a Igreja Católica não aceita. O que nós não aceitamos a Igreja Católica não aceita.
Um bispo de São Paulo me telefonou e disse: "Pastor, vamos fazer uma dobradinha, temos de marchar juntos porque não aceitamos". Eles não aceitam aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo. Eu vi ontem na imprensa no Amazonas um juiz deu uma liminar para que o camarada lá casasse com duas mulheres. Negócio de doido, né? Só no Amazonas dá um troço desse.
Nós, da Assembleia de Deus, não participávamos da vida política do país. Só depois, quando eu assumi a presidência... Porque eu em janeiro agora completei 25 anos na presidência da Convenção Geral, fui reeleito nove vezes. Quando eu cheguei, com o crescimento da Assembleia de Deus, eu entendi que precisávamos colocar alguém para nos representar. E isso foi feito. Hoje temos 28 deputados federais 'assembleianos'. No total, são 80 os parlamentares evangélicos em Brasília [de diferentes denominações].
O Marco Feliciano... Ai, não foi porque ele é evangélico, foi um acordo do partido. Destinaram aquilo para o PSC. Coube ao Marco Feliciano e ele abraçou. Como ele antes de ser presidente dessa comissão havia feitos alguns pronunciamentos... Nós não aceitamos o comportamento dessa gente, mas não os perseguimos. Não temos qualquer preconceito com eles. Absolutamente nada. É que o grupo que está apoiando essa gente, balizou, aqui no Congresso, algumas leis que estão dando muito, muita força para essa gente, e dizem que o preconceito é nosso. Pelo contrário, eles é que são os preconceituosos.
Eles quem?
O grupo, o grupo. Porque há um grupo patrocinando isso aí. Você sabe que infelizmente que esse grupo de gays, lésbicas e essa gente cresceu demais nos últimos tempos. Há interesse da parte deles que essas leis sejam aprovadas. Mas acredito que uma sociedade sensata jamais aceitará um comportamento antissocial como esse.
Qual a importância do Feliciano dentro da Assembleia de Deus?
Ele é um pastor tão igual como os demais. Eu tenho um filho deputado federal [Paulo Freire (PR-SP)], estava aí. O meu filho eu vejo melhor [risos]. Mas, como pastor da Igreja, ele não tem qualquer destaque, qualquer direito a mais, nenhuma proteção a mais, ele é um pastor igual aos demais.
Nas sessões da Comissão, parece existir uma unanimidade contra Feliciano. Mas os valores que eles defendem são valores comuns aos 12,3 milhões de fiéis da Assembleia de Deus, certo?
Valores comuns a uma sociedade sensata, uma sociedade sadia. Quando escreveram o PL 122 [que criminaliza a homofobia], nós [evangélicos] reunimos e tomamos algumas posições em relação àquilo ali. Chamamos os deputados federais e pedimos para que eles segurassem a coisa. Eu mesmo fui lá falar com o presidente da Câmara, fui falar com gente do Senado, até o senador José Sarney [PMDB-AP, ex-presidente da Casa] me mandou uma cartinha muito bonita. É uma posição nossa mais bíblica, nada preconceituosa. Por exemplo, se chegam dois cidadãos lá [na igreja que ele comanda, em SP], se dizendo crentes e pedindo que eu faça um casamento deles eu não faço nunca [risos]. Aí a lei [do projeto] vai e me condena, diz que é discriminação, me joga na discriminação, cinco anos de cadeia, sem direito a qualquer recurso, é um absurdo um troço desse.
Qual a posição da Convenção sobre a alegação de Feliciano de que Noé amaldiçoou os africanos?
Essa é uma interpretação teológica. A Bíblia, quando conta a histórica de Cã, a tradução chama de Cão, né?, é que aquele filho de Noé (eram três) quando o pai tomou uns gorós e, bêbado, se despiu, ficou caído bêbado, veio um dos filho, viu os dois, e saiu criticando, né?, outro veio, de costas, e cobriu a nudez do pai, então esse o pai abençoou e outro ele amaldiçoou. Cada um interpreta como queira. Qual foi a mudança que houve, se foi de cor, eu não sei.
Mas eu soube que dentro da igreja a posição não é essa.
Olha, eu não sou paulista, eu sou cearense. A cor da pele não faz muita diferente não, sem dúvida nenhuma. Eu recebo o irmão pretinho, a velhinha pretinha, para mim eu tenho tanto carinho, amor e respeito quanto por qualquer outro. Acredito que essa é a posição da maioria dos pastores. Agora, ele e alguns outros pregam isso, que os negros, os africanos, são descendentes de Cão.
O que o conjunto de valores dos evangélicos pode trazer para a discussão dos direitos humanos?
Em primeiro lugar, eu parto da premissa da própria vida na nossa Constituição. Que todos nós somos iguais perante a lei. Alguém disse que somos quase iguais, mas a letra disse que somos iguais. Acho que todo brasileiro deve ter sua liberdade de culto, de voto, do ir, do vir, os princípios de direitos humanos que a Constituição predispõem, acredito que ali está muito correto para todos nós. E também, em relação ao Estado ser laico, eu entendo perfeitamente o texto da lei. O Estado é laico, mas o povo é cristão, o povo tem religião. De maneira que essa interpretação. Entendo é que na vida administrativa deve ser separado um do outro, são dois ramos equidistantes, porém quando se trata da vida religiosa, todo povo tem a sua religião. E eu respeito perfeitamente. Eu tenho amizade por todos eles [líderes de outras religiões].
Qual deve ser o papel de qualquer igreja num Estado?
Em primeiro lugar, nós trabalhamos para paz social, na recuperação da criatura humana. Eu entendo que o homem, em si, tem condição de se recuperar em qualquer circunstância da vida. O lado social, o benefício à criatura humana em todas as áreas da vida, desde a educacional, da alimentação, da parte familiar, da parte social, de se integrar à sociedade, procurar ajudá-lo para que ele consiga emprego, trabalho, afim de que essa pessoa, que era uma pária para a nação, passe a ser um cidadão de bem, operando, contribuindo para a nação.
Na parte religiosa, nós temos muito o que ensinar da palavra de Deus, nada do José Wellington, eu prego Jesus Cristo, nosso salvador. Quando nós pregamos a bíblia, ela em si tem um poder transformador, não há necessidade de qualquer adendo, qualquer filosofia para misturar com a bíblia, ela em si já é a autoridade divina. O meu caso: aceitei Jesus com 8 anos de idade. Não fumei, não bebi, não me prostituí. Eu tenho quase 79 anos e tenho uma saúde perfeita.
O assédio dos políticos a vocês é muito grande?
É sim, somos bastante assediados. Só que a minha orientação como presidente foi sempre procurar ajudar os de casa. Por que, se eu elejo uma pessoa do nosso convívio eclesiástico, [é] alguém que eu tenho uma certa ascendência [sobre], que ele possa ser um legítimo representante da igreja. Temos que trabalhar os de casa. Eles merecem a atenção, a ajuda e a confiança.
Como vocês escolhem as pessoas que apoiam?
Chegou a ser de senador para cima, que precisa de mais votos, aí nós procuramos alguém que seja, no mínimo, amigo da igreja.
O que é ser amigo da igreja?
Normalmente, o senador da República já foi prefeito, já tem uma história na vida política. E nós então vamos buscar. Nós tivemos algumas dificuldades com o PT em São Paulo. Hoje não temos mais, graças à Deus por isso. Hoje tenho boa amizade com o prefeito de São Paulo [Haddad], sempre tive muita amizade com o Kassab, que saiu, tenho muito respeito e muita amizade também pelo governador, agora, eu não posso fazer divergência de partidos, eu trabalho com o povo. Na Igreja eu tenho PT, eu tenho PR, tenho PSDB, cada um acha que sua filiação está correta, Deus te abençoe. No contexto geral, somos crentes.
Qual a sua opinião sobre a Dilma?
Eu vejo com muito bons olhos. Confesso a você que não votei na Dilma. Eu tinha certos resquícios do PT lá em São Paulo. Mas esta senhora tem superado [as expectativas]. Ela pegou uma caixa de marimbondo na mão, mas tem sido muito honesta com seu governo e com o povo. Hoje, na minha concepção, a candidatura dela é uma nomeação, não precisa nem ir para a eleição, ela é eleita tranquilamente.
Vocês apoiam ela em 2014?
Eu até teria muito motivo para dizer não, mas esqueço tudo isso aí a bem do povo, ela tem sido muito correta na administração do nosso país.
Com "PT de São Paulo" o senhor quer dizer Marta Suplicy?
[Risos] Deixa isso pra lá. O meu concorrente [na eleição desta semana], pelas informações que eu tenho ele recebeu todo o beneplácito do Planalto. Eu não recebi, e não recebi porque também não pedi. Na nossa igreja em São Paulo nunca entrou um centavo nem da prefeitura, nem do Estado nem da nação. Nunca pedi, de maneira nenhuma. A presidenta, num ano desses, eu estava aniversariando e ela foi lá me ver, me dar os parabéns. Foi lá com quatro ministros, o Padilha e outros mais. Recebi com muito carinho, muito amor, perfeitamente. Mas não peço. Agora, entendo que, se algum dia precisar pedir, sou um brasileiro que paga imposto, tenho tanto direito quanto os demais.
E o senhor tem um poder muito forte.
Vou dizer uma coisa para você. Eu não sou político, sou de uma família de políticos. Meu irmão foi deputado estadual durante três legislaturas. Minha filha é vereadora em São Paulo, a Marta, foi reeleita agora pela terceira vez. O Paulo foi eleito deputado com 162 mil votos, uma votação relativamente boa para São Paulo. E acredito que, pelo trabalho que ele está fazendo, talvez supere os 200 mil votos agora [em 2014]. Na eleição passada, ainda o [Orestes] Quércia [ex-governador de São Paulo, morto em 2010] era vivo, ele foi lá na nossa Igreja, ele, [o ex-prefeito Gilberto] Kassab e o [ex-governador José] Serra. Eles me convidaram para que eu fosse suplente. E eu então agradeci a gentileza deles e pedi dois dias [para pensar]. Eu até brinquei: "Deixa eu consultar minhas bases por dois dias". Na verdade, eu não ia aceitar. Eles voltaram, eu agradeci, educadamente. Então o Quércia disse: "Pastor, eu estou doente, você vai ser o senador". Eu disse: "É por isso que eu não quero". Eu não tenho tempo para mexer com a política. Não quero. A minha vocação é a igreja. Em São Paulo, nós temos 2.300 e poucas congregações [filiais] ligadas ao nosso ministério. É um batalhão de gente.
No total, a Convenção tem quantas Congregações?
O número de evangélicos da Assembleia de Deus é um ponto de interrogação. Em 1994, eu já era presidente, eu fiz um censo entre nós e na época nós contamos 12,4 milhões de crentes na Assembleia de Deus. O crescimento da Assembleia de Deus, é o levantamento que eu tenho, é de 5,14% ao ano. Quando estou falando de membro estou falando daquele que foi batizado e tem responsabilidade na Igreja. Quando o Fernando Collor era presidente eu falei: "Presidente, se nós fôssemos políticos, a Assembleia de Deus teria muito mais condição de contar com o povo do que o seu partido, porque vocês não têm uma filial em todos os municípios do Brasil." A Assembleia de Deus temos em quase todas as vilas de todos os municípios do Brasil nós temos um templo. São mais de 100 mil templos que tem a Assembleia de Deus no Brasil.
A revista britânica "The Economist" recentemente comparou o papa a um presidente de uma empresa. É isso mesmo?
A igreja tem os dois lados. Tem o lado espiritual e o lado material, o lado social. No lado espiritual, é a bíblia, oração, jejum, ensinamento bíblico. Do lado material, do lado do patrimônio, é uma empresa que nós temos que administrá-la de acordo com as leis vigentes no país. A Assembleia de Deus difere de outras igrejas evangélicas. Nós não vivemos correndo atrás do dinheiro. O dinheiro para nós não é o essencial. Nosso desejo é ganhar almas para Deus, o benefício da criatura humana. Nós somos um povo de vida social modesta mas que procura cuidar da igreja administrando-a seguramente.
Qual a receita anual de todas as Assembleias juntas?
Não sei. Não estou lhe negando, porque esses valores [não são] da Convenção Geral. E a Convenção Geral tem o caixa mais pobre do mundo. Estou há 25 anos e desafio qual é o tesoureiro que possa dizer: "O José Wellington usou R$ 0,05 do caixa".
E da Convenção?
São R$ 7 [milhões] ou R$ 8 milhões. É muito pouco. A nossa contribuição mensal é R$ 5 por mês [por obreiro], vou aumentar isso aí. Cada igreja tem a sua autonomia administrativa. Lá em São Paulo, essas 2 mil e poucas igrejas, essas todo o dinheiro vem para o Belém [central da congreção de Wellington em São Paulo]. E ali a gente administra e repassa para as construções e compromissos da igreja.
A maior parte que vocês juntam é gasto com o trabalho social? Tem muita gente que acha que as igrejas evangélicas servem para enriquecer os pastores.
Fui comerciante em São Paulo, e quando saí, não saí rico, mas com uma vida econômica estável. E o que eu tinha eu conservei até agora. Eu tenho algumas propriedades, eu já tinha uma boa casa onde morar, carro novo, caminhão. Não joguei fora, conservei. Mas digo por experiência: se alguém pensa em ser pastor para ganhar dinheiro, pode procurar outra profissão. Estou falando pastor, não estou dizendo essa turma que vive explorando, arrancando dinheiro do povo. A Assembleia de Deus não faz isso.
Quem faz isso?
[risos] Você é um moço inteligente. A televisão está cheia dessa gente. Nosso afã não é esse. Estou construindo um templo-sede em São Paulo, porque nossa igreja na verdade ficou muito pequena, então compramos uma quadra e gastamos aí uns R$ 47 [milhões], R$ 48 milhões. Estamos no acabamento. [Perguntam]: "Quando o senhor vai inaugurar?" Quando o dinheiro der [risos].
Houve um aumento de quase 50% nos fieis da igreja entre 2000 e 2010, segundo o Censo. Por que cresceu tanto?
Existem duas operações. Primeiro, a bênção de Deus sobre nós. E em segunda lugar é que a salvação que recebemos de Jesus é tão boa, ela é tão gostosa, nos trás tanta alegria, tanta satisfação, que todo crente tem o prazer de dizer que é crente. Nós transmitimos para o nosso semelhante aquilo que Deus fez na nossa vida. Então, nessa demonstração de fé, estamos ganhando outros para Jesus. Aí está o crescimento da Assembleia de Deus. Não é nossa filosofia, não é nosso preparo cultural, é esta vida saudável que recebemos de Deus e partilhamos com aqueles que estão em volta de nós.
Com esse crescimento da igreja, e à luz do que ocorre com o Feliciano, o senhor sente um aumento do preconceito contra os evangélicos no Brasil?
Não, ao contrário. A minha geração, quando eu era criança, eu me recordo muito disso aí, quantas vezes os irmãos iam dirigir cultos ao ar livre, e terminava debaixo de pedradas, jogavam pedras, jogavam batatas, ovos, cebolas, era um negócio tremendo. Nós sofremos isso aí. Na época, nas cidades do interior do Ceará, se somavam um chefe religioso, um delegado de polícia e um juiz de direito e os três... Templos nossos foram destruídos, entravam nas casas do crentes, arrancavam as bíblias, faziam fogueira de bíblias nas praças, isso aí nós chegamos a conhecer no meu tempo. De lá para cá melhorou muito. Por que? Ontem, nossa penetração social era classe D para baixo. Hoje, pela graça de Deus, conseguimos alcançar uma classe social mais alta. A nossa igreja tem juiz de direito, tenho 14 netos e todos eles formados, quatro médicos. Então essa penetração social, ela mudou a visão da Assembleia de Deus. Esse problemazinho do Marco Feliciano é muito mais de enfeite da mídia e um pouco de proveito dele.
Às vezes, parece que ele está sozinho.
Nós temos por ele muita amizade e queremos o melhor para ele. Agora, não fomos nós que o indicamos para presidente da Comissão. Agora, já que ele está lá, vamos procurar dar um respaldo. Desde que também ele tenha um comportamento que não venha a comprometer a igreja.
Ele atraiu uma atenção negativa para a Assembleia?
[risos] Não, ele está tirando proveitozinho porque ele é vivo, né?
Essa campanha [para a Convenção] é parecida com a de uma campanha política?
Infelizmente, é. Não era assim. Eu me recordo de quantas vezes eu me reunia com as lideranças da nossa igreja numa convenção, não tão grande quanto essa, e os candidatos ali e nós votávamos por aclamação e OK.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

CGADB - Brasília 2013 - Resultado Final das Eleições


Resultado final a ser proclamado hoje, às 10 horas
* negrito: eleito
Presidente:
1) JOSÉ WELLINGTON BEZERRA DA COSTA (SP) – 9.003
2) SAMUEL CÂMARA (PA) – 7.407

1º Vice-presidente (Região Sul
1) UBIRATAN BATISTA JOB (RS) – 8077
2) IVAL TEODORO DA SILVA (PR) – 7558

2º Vice-presidente (Região Centro-Oeste)
1) SEBASTIÃO RODRIGUES DE SOUZA (MT) – 7916
2) SÓSTENES APOLOS DA SILVA (DF) – 7505

3º Vice-Presidente (Região Norte)
1) GILBERTO MARQUES DE SOUZA (PA) – 9.995
3) JONATAS CÂMARA (AM) – 6.860

4º Vice-presidente (Região Nordeste)
1) JOSÉ ANTONIO DOS SANTOS (AL) –  7.385
2) PEDRO ALDI DAMASCENO (MA) – 6086

5º Vice-presidente (Região Sudeste)
1) TEMOTEO RAMOS DE OLIVEIRA (RJ) – 5993
2) ELYEO PEREIRA (RJ) – 6.897

1º Secretário (Região Sul):
1) PERCI FONTOURA – 7.624
2) NILTON DOS SANTOS – 7.459

2º Secretário (Região Centro-Oeste)
1) ANTONIO DIONIZIO DA SILVA – 8.122
2) LUCAS ARAÚJO DE SOUZA – 6.999

3º Secretário (Região Norte)
1) PEDRO ABREU DE LIMA – 7.523
2) OTON MIRANDA DE ALENCAR – 7.222

4º Secretário (Região Nordeste)
1) ROBERTO JOSÉ DOS SANTOS – 7.405
2) MANOEL MONTEIRO – 7.224

5º Secretário (Região Sudeste)
1) JONAS FRANCISCO DE PAULA – 6.932
2) ISAIAS LEMOS COIMBRA – 6.141

1º Tesoureiro (Região Sudeste):
1) IVAN PEREIRA BASTOS – 7236
1) JOSIAS DE ALMEIDA SILVA – 1608
3) REGINALDO CARDOSO DOS SANTOS – 399

2º Tesoureiro (Região Sudeste):
1) ALVARO ALEN SANCHES – 7.868
2) NEHEMIAS GASPAR DE ARAÚJO – 7.674

Conselho Fiscal:

1ª Região (Região Sul):
1) JERÔNIMO DOS SANTOS – 8.202
2) JOSÉ POLINI – 7.243

2ª Região (Centro-Oeste):
1) GEOVANI NERES LEANDRO DA CRUZ – 7.977
2) RINALDO ALVES DOS SANTOS – 7.265

3ª Região (Norte):
1) JOEL HOLDER – 4.994
2) JEDIEL LIMA – 7.161
3) ISAMAR PESSOA RAMALHO – 2.595

4ª Região (Região Nordeste):
1) ISRAEL ALVES FERREIRA – 7.232
2) ANTONIO JOSÉ DIAS RIBEIRO – 7.935

5ª Região (Região Sudeste):
1) EDSON EUGÊNIO VICENTE – 6.163
2) LUIZ CEZAR MARIANO SILVA – 6.278
3) SAMUEL RODRIGUES – 1.986

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A CAUSA E OS PROTESTOS DOS ''ATIVÂNDALOS''

Ultimamente se tem visto muitas formas de protesto em todo mundo; várias comunidades e representantes de todos os seguimentos da sociedade estão se levantando para revindicar seus direitos de igualdade e reconhecimento diante da sociedade, também alguns lutam pela dissolução do que chamam de um regime opressor, desigual, arcaico e insustentável.

Esses alegam sofrer discriminações e querem a intervenção do governo em seu favor, se por um acaso o governo local não dá mínima pra isso, recorrem para a intervenção de estrangeiros para que haja pressão internacional.

As causas desses lobbies são muitas no mundo, os mais conhecidos são: grupos socialistas, feministas, homossexualistas, abortistas, islamitas (nesse muito mais político que popular), ateístas e muitos outros grupos que não tem visibilidade no conhecimento público ainda.

Essas forças sociais querem que a sociedade se adequam e moldem com sua presença na sociedade, pelo fato de eles fazerem parte da sociedade (óbvio dos óbvios) pagando seus impostos, elegendo e portanto, dignos de respeito.

Porém, as coisas estão tomando outras proporções de forma que já não estão distinguindo o que são protestos, badernarias, crimes contra a ordem pública, atentado ao pudor e etc. 

Quando Yoani Sánchez veio ao Brasil não teve sossego, onde ela esteve houve protestos, gritaria em meio as suas palestras não permitindo que continuasse. Os simpatizantes do socialismo a chamavam de mercenária, golpista, traidora e lançavam toda sorte de adjetivos a sua pessoa; apesar de não haver agressões físicas, não queriam deixar que ele exercesse o direito de se expressar; coisa típica do socialismo.



Na Europa já são conhecido essas imagens sem o menor pudor de protesto contra qualquer regime machista, autoritário, opressor em cima das mulheres. Não só isso, mas lutam contra a idiossincrassia masculina na sociedade em suas comparações entre homens e mulheres no quesito trabalho, liderança, indepedência, status social, ''direitos'' sexuais e etc. Ressaltando que esses grupos são subsídiados por ongs normalmente fora de suas jurisdições e que não refletem os anseios das mulheres locais, agora invadem locais religiosos na Europa, já serraram cruzes (depredação do patrimônio), entram sorrateiramente em eventos para causar alvoroço e mostrar os seios e chamar as atenções das câmeras e repórteres da mídia. Sem mencionar que se esse movimento tomar forma no Brasil já é um crime por si só de ''atentado ao pudor''; por incrível que pareça se chegar por aqui serão bem vindas pelo establishment.


Mundialmente, esse é a maior força de influência e quebra de sistema estabelecido. O islã, com o passar dos anos tem dominado politicamente e culturalmente a Europa de modo que as igrejas cristãs viraram museus, não se encontra símbolos cristãos em muitos lugares e a aceitação fervorosa da classe intelectual (alguns deles são convertidos) da cultura muçulmana. De todos os  movimentos sociais no mundo, o extremismo islâmico é infinitamente maior que todos em violência física: enquanto as forças culturais e políticas avançam na Europa e EUA o braço armado se encarregam de eliminar opositores de todas as formas: boicotes, criminações dos ''contras'', penas de mortes por blasfêmias, injustiças e opressão contra as mulheres e etc. Tão forte é esse lobby, que a ONU se cala diante dos genocídios que praticam nesse submundo e não fazem nada, exemplo disso é Sadam Husseim que matou mais de 300.000 iraquianos dava dinheiro do petróleo para a ONU, até que Bush decidiu fazer alguma coisa (contra a vontade dessa instituição) e descobriu esse genocídio feito pelo ditador contra cidadãos civis, inocentes e desarmados.


Esse é claramente uma estratégia mundial financiada por mega corporações - veja documentos que comprovam essa estratégia global - que aos poucos se alastram por cada país: começam por aprovar em casos de risco, depois até os três meses e depois a liberação total, no Brasil - onde qualquer coisa é aceito - o Conselho de Medicina já se manifestou a favor do aborto, contrariando a maioria da população e ferindo o juramento de Hipócrates (pai da medicina) de postergar o máximo possível a morte do paciente e se aliando a cultura da morte no Brasil.


Esse é o que mais move as opiniões no Brasil, o que traz mais audiência nos debates televisivos, que mexe com as emoções de todos os lados: o movimento homossexual. Enquanto nos EUA eles tem até uma força política considerável, no Brasil (o lobby, não os gays em geral) tem a hegemonia da classe falante, ''letrada'' e dos políticos. Talvez isso explique a grande tensão social entre os opositores desse movimento, principalmente os evangélicos sendo eles e outros conservadores no Brasil um boa parcela da população que discordam não só da prática mas também dos privilégios sociais que estão alegando que o governo está querendo dar a eles, haja atritos de todas as formas com os discordantes em maior evidência pública. Quando houve a ascensão de um conservador, cristão em algum cargo de presidente de comissão a pressão aumentou com alaridos, protestos e com a ajuda das celebridades assistencialistas vêm o avalanche de desmoralizações contra as opiniões e crenças do indivíduo que entrou no cargo, mesmo sendo a Constituição promover a liberdade de opinião e crença. Se fosse no âmbito dos protestos ainda vai, mas as coisas as vezes tomam outra forma quase chegando a violência física, leiam: 


O meu pensamento, como de qualquer outro é de nada justifica a violência, mesmo se fosse da parte dos conservadores e religiosos; se a situação fosse contrária, a reação da mídia com certeza seria outra assim como as reações das massas que atentam somente para o que veem na TV, vejam esse vídeo : Ativista gay faz apologia ao uso de armas dentro da câmara e chama evangélicos de ''desgraçados''.

O meu intento aqui não é menosprezar os que acham que estão lutando por uma nobre causa, mas observar muitas coisas desconexas que ocorrem nas decisões das autoridades, as anticonstitucionalidades cometidas nos governos e os efeitos no regime democrático como liberdade de opinião, crença e filosofia.

É interessante notar também, que todos os movimentos citados acima não entram com combates entre si em todo o planeta, seria isso uma mera coincidência ?

Ao fazer rastreamento de verbas da parte de ongs que sustem todos esses movimentos (exceto o islã), chegará nas origens as mesmas fundações globalistas que sempre lutaram para dissolver as soberanias dos países.

Se uma comunidade pede verbas para montar uma ong pró-vida, pró-família tradicional, pró-educação, pró-religião e pró-nacionalismo quase não sai dinheiro, e quando há excessões, vem naquelas aparências de caridade.

É verdade que todos têm o direito de protestar, criticar e reivindicar seus direitos; mas, não interessantes aos observadores, a crise de discernimento que está havendo em totalidade da população?

O que dizer de um país que faz maior alvoroço em questões em questões sexuais, enquanto dois dos maiores corruptos da história do Brasil estão pegando cargos públicos importantíssimos?

Há indignações maiores com questões econômicas do que com 50.000 mortes por ano no Brasil (maior do que em toda guerra do Iraque)?

Se preocupam mais com ''orientações sexuais'' dos alunos do que com os métodos pedagógicos que já se mostraram ineficazes?

Por essas e por outras, percebe-se que por trás de todos esses fenômenos sociais estão interesses políticos e até interesses multinacionais, ou então os valores estão extremamente trocados, quanto mais que essas forças não representam nem 10% da população.

EZEQUIEL DOMINGUES DOS SANTOS 

CGADB aprova moção de apoio ao Pr. Marco Feliciano, Presidente da CDHM

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Entrevista da CPAD News com o Pr. Marco Felicianoa
A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), em Brasília, aprovou nesta terça-feira (9) uma moção de apoio ao deputado federal, Pastor Marco Feliciano (PSC-SP). O pedido que foi apresentado ao final da reunião da Assembleia Geral Ordinária (AGO) foi aprovado em votação simbólica por unanimidade informou o presidente da CGADB, pastor José Wellington.
O documento será encaminhado à presidente Dilma Rousseff e ao presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN).
Feliciano recebeu a palavra e agradeceu o apoio dizendo que “nunca houve uma comissão com tanta oração. Os pastores estão orando pela minha vida e pela comissão. Venceremos esta batalha. Quero agradecer essa moção”, referindo-se a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
“Graças a Deus permanecemos firmes até aqui. Chegará o tempo que nós, evangélicos, vamos ter voz em outros lugares”, afirmou Feliciano. “O Brasil todo encara o movimento evangélico com outros olhos”, completou.
O evento que definirá quem será o presidente da convenção pelos próximos anos começou ontem e vai até a próxima quinta-feira em Brasília. A convenção reúne cerca de 24 mil pastores da Assembleia de Deus, denominação evangélica a que pertence Feliciano.
FONTE: Gospel Prime