sexta-feira, 3 de maio de 2013

INICIO DA CONSTRUÇÃO











































PASTOR ELINALDO



Elinaldo Renovato de Lima

COMPARTILHO. Resposta a um Manifesto contra a "Homofobia Evangélica".
HOMOFOBIA EVANGÉLICA? SERÁ VERDADE?
Pr. Elinaldo Renovato de Lima *
Um militante gay, que não se identifica, no blog “Missão Pró-LGBT” , diz que existe homofobia evangélica no Brasil. Em seu manifesto, diz que é evangélico, com formação teológica, em Seminário Batista. Como sou um pesquisador, com formação teológica, e também acadêmica universitária, gostaria de fazer algumas observações e indagações com respeito e atenção às ideias do autor do documento.
1. O PAÍS QUE MAIS MATA GAYS. Em sua argumentação, o autor constata que “O Brasil é o País que mais mata gays no mundo”. Uma das razões porque resolveu encabeçar esse manifesto. Com todo o respeito que tenho às ideias alheias, mesmo que delas possa discordar, gostaria de saber quantos homossexuais foram mortos por evangélicos, nos últimos anos. Em 2011, um grupo gay listou cerca de 295 assassinatos de gays, em todo o País. E não houve um só caso, destacado como tendo sido praticado por algum pastor, padre, ou mesmo um membro ativo de uma igreja evangélica. Realmente, gostaria de saber quantos gays foram mortos por evangélicos. Vemos gays sendo mortos, sim, por neonazistas, bandidos, ou por disputas passionais, e por ciúmes, dentro do próprio grupo homossexual. O autor do manifesto sabe disso. Realmente, há muitas agressões a homossexuais no Brasil. Com o que nenhum cristão deve concordar.
2. AMOR COM HIPOCRISIA. O manifestante diz que os evangélicos são hipócritas, porque dizem que amam os homossexuais, ao mesmo tempo que os odeiam. Muito estranha essa afirmação. Jesus disse que devemos amar até a nossos inimigos (Mateus 5.44). Não há uma só razão para um cristão sincero odiar um gay ou uma lésbica. Mas há muitas razões para amá-los, sim. Mas amar não significa concordar com todas as pessoas e com todos os comportamentos. O autor do manifesto cita o exemplo do Bom Samaritano, que socorreu o homem vítima de um atentado, enquanto religiosos passavam de largo. É um texto clássico contra a falsa religiosidade.
Mas lemos, também, que os fariseus levaram uma mulher, apanhada no próprio ato de adultério, diante de Jesus. O Mestre a perdoou, não a condenou, mas não concordou com ela. Diz o texto: “E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais” (João 8.10, 11). Jesus a amou, perdoou-a, mas não concordou com sua prática sexual. Se um cristão concorda com um comportamento, reprovado por Deus, é cúmplice do pecado.
Aqui, existe um grave equívoco. Ativistas homossexuais repetem ao extremo que os evangélicos odeiam os gays. Por que? Simplesmente porque discordam de seu estilo de vida e de sua prática homossexual. Será que toda discordância é discriminação? A opinião contrária é sempre por causa de ódio? Os evangélicos sérios, comprometidos com a palavra de Deus, discordam da homoafetividade por razões doutrinárias. O manifestante conhece os textos bíblicos, no Antigo e no Novo Testamento, que condenam a prática homossexual (Levítico 18.22; 20.13; Romanos 1.24-27; 1 Timóteo 1.10; 1 Coríntios 6.10 e referências). Quem desejar, pode ler os textos em referência, inclusive verificando os termos no original grego.
Lamentavelmente, o segmento LGBT deseja cercear a liberdade de opinião e de crença. Deseja por atrás das grades pastores, padres, e outros líderes religiosos que discordam de seu estilo de vida. Isso é um absurdo total. Se o tal PL 122 ou substituto dele for implantado, prevendo cadeia para quem discorda dos gays “por motivos filosóficos”, veremos implantado, no Brasil, o famigerado “crime de opinião”, que só existe nas mais desumanas ditaduras do mundo!
3. OS EVANGÉLICOS TÊM A BÍBLIA “AO PÉ DA LETRA”. O documento registra isso. Se um cristão tem a Bíblia como a palavra de Deus, não pode em sã consciência e honestidade, pregar um discurso diferente do que consta em suas páginas. A linguagem bíblica, como conhece o autor do manifesto, tem vários aspectos. Há a linguagem simbólica, como figuras do Apocalipse e há a linguagem literal, que traduz ensinos e doutrinas, referentes a fatos, eventos ou prescrições literais, como na maior parte dos livros da Bíblia. Assim, no caso do estilo de vida homoafetivo, a linguagem bíblica é tão clara como a luz de sol, num dia de verão. Não há o que interpretar. Está escrito. É literal, real, objetivo. Se a Bíblia diz que a relação entre “homem com homem” “é abominação ao Senhor”, como interpretar diferente? Se a Bíblia diz que o lesbianismo é prática antinatural, como ensinar ou pregar de modo diferente?
No Novo Testamento (Romanos 1.24-27), a palavra de Deus diz que a união homoafetiva é “paixão infame”, ato “antinatural”, “torpeza”, como dizer de outra forma? O que os evangélicos comprometidos com a palavra de Deus querem é o direito de pregar aquilo em que creem. E terem sua opinião respeitada. Se os gays querem ser respeitados, o que é correto, precisam entender que é um direito pregar uma mensagem que confronte sua prática sexual. E isso não quer dizer “ódio” ao “igual”, ou homofobia. Quem agride gays precisa ir para cadeia, sim. E não quem prega a palavra de Deus.
A Bíblia registra condenação aos que pregam a inversão de valores espirituais. Diz o profeta Isaías: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes diante de si mesmos!” (Is 5.20, 21). A expressão “Ai...” denota condenação. Quem é fiel a Deus e à sua palavra não pode admitir tal comportamento.
4. EVANGÉLICOS QUEREM IMPOR SEU ESTILO DE VIDA À POPULAÇÃO. Assim como os homossexuais, os evangélicos são minoria, no País. E não querem “impor” seu estilo de vida à população. Quem deseja impor seu estilo de vida à nação é o segmento LGBT. Haja vista a pressão para que o governo brasileiro implante o programa “Escola Sem Homofobia”, a começar do ensino a crianças. O autor do manifesto sabe bem o que isso significa. Querem ensinar a prática homossexual a crianças de jardim de infância, de pré-escola, de ensino fundamental.
Uma Cartilha sobre sexo ensina a masturbar bebês de quatro meses! Para que eles sejam viris quando ficarem adultos! Esse tipo de (des) educação, dita “avançada”, pretende, sim , impor a homossexualidade como um estilo de vida aceitável para todos. Uma proposta, do maior interesse dos homossexuais, pretende eliminar dos documentos pessoais, os termos “pai” e “mãe”. Termos que são patrimônio linguístico de povos e nações, ao longo de milênios! Querem impedir que se promovam comemorações do dia dos Pais e das Mães, para não constranger “famílias homoafetivas”. A que ponto poderemos chegar, se esse segmento conseguir impor suas pretensões!
5. DE QUE LADO ESTÁ A FOBIA? Do lado homossexual ou dos evangélicos? Com toda a segurança a fobia está do lado LGBT. Não se vê, na mídia, um só caso de evangélico atacando grupos gays, invadindo recintos frequentados por eles, desrespeitando seu ambiente. Mas, só nos últimos dias, vimos, na TV ou na internet, casos absurdos de falta de respeito, intolerância e agressão a evangélicos, motivados pela revolta dos homossexuais pela indicação do Deputado Marco Feliciano à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados.
Em Belém, homossexuais invadiram uma igreja, e protagonizaram total desrespeito ao recinto de culto; duas lésbicas se beijaram e se deixaram fotografar para mostrar seu comportamento em publico; um bispo católico estava dando uma entrevista, e militantes gays invadiram a emissora e jogaram água no religioso, um senhor de idade, além de tirarem parte da roupa em público; a fobia está do lado de quem não tem serenidade; de quem agride, desrespeita e achincalha a quem discorda de suas ideias. Não vejo homofobia, e sim, heterofobia explícita, ou evangélicofobia do lado dos gays.
6. CONCLUINDO. Desejo usar texto do manifesto, em que os evangélicos são exortados pelo autor do documento: “Que esse rebanho de Deus, em algum momento perceba que é necessário, acima de tudo respeitar o próximo – se não conseguem simplesmente amar como Cristo ordenou. E isso implica em cada um cuidar da sua própria salvação e não em obrigar os outros a aceitar as suas opiniões, que muitas vezes caem em agressões verbais e físicas, ao invés de demonstrações de amor e ternura como bem cabe a um cristão”. Concordo, desde que a recíproca seja respeitada. Que os homossexuais não queriam “obrigar os outros a aceitar suas opiniões, que muitas vezes caem em agressões verbais e físicas”.
Como cristão, que entende que a Bíblia é a palavra de Deus, inspirada, revelada, e inerrante, espero ter o direito de pregar seus ensinos, em qualquer lugar e por qualquer meio. Afinal, estamos numa Democracia. Entendo que não deve continuar essa “guerra” entre homossexuais e evangélicos. Que os homossexuais tenham seus direitos assegurados, como cidadãos brasileiros. E que os evangélicos, de igual modo, tenham o sagrado direito de pregar o evangelho, “por todo o mundo” e “a toda a criatura”, como Cristo ordenou. Que se desarmem os espíritos; que o amor, a consideração e o respeito prevaleçam. Que Deus abençoe a todos.
* Pastor da Assembleia de Deus em Parnamirim-RN;