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Pastor Martim Alves da Silva (Pr. da A.D. Mossoró)
Artigo publicado em 06/12/2010 por Jornal a Voz
Qual o sentido do Natal? Por curiosidade, um pesquisador resolveu inquirir algumas pessoas a respeito. As respostas foram as mais diversas: os entrevistados se lembraram da troca de presentes, árvores iluminadas, papai Noel, mas esqueceram do principal: Jesus Cristo. Da perspectiva científica, é evidente que não podemos saber com precisão em que data Cristo nasceu. Mesmo assim, a igreja escolheu 25 de dezembro como dia provável para a celebração do nascimento de Jesus. Contraditoriamente, os estudos revelam que a pessoa menos lembrada no dia do nascimento é o próprio aniversariante.
Segundo o relato evangélico, Jesus teve um nascimento histórico, nos dias em que César Augusto era o imperador de Roma, e Herodes, o governador da Judéia. Como seus pais não encontraram um lugar para se instalarem, nasceu numa estrebaria, em Belém, uma pequena cidade. Como naqueles dias, muitos rejeitam a Jesus. Mesmo no Natal, a correria frenética para a compra dos presentes, dos adornos da árvore natalina e a figura deslocada de Noel fazem com que Jesus passe desapercebido. Esse se torna um momento oportuno para, tal como fez Paulo em Atenas, ao se reportar ao Deus-Desconhecido (At 17), possamos apontar para o genuíno sentido do Natal.
Há mais de dois mil anos, em tal ocasião, declararam os anjos: “Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10,11). Mateus registra que os magos do Oriente viram uma estrela cintilar e que essa os guiava até onde estaria o menino. O evangelista narra: “e, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria” (Mt. 2.10). Esse é o resultado do Natal, a alegria que somente pode ser experimentada mediante a percepção de Jesus, Salvador, Cristo e Senhor. Por isso bradaram os anjos em vozes altissonantes: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens (Lc. 2.14).
A atitude dos magos do Oriente é um exemplo a ser seguido por todos aqueles que querem vivenciar o verdadeiro sentido do Natal. Eles persistiram até chegar a Belém, com o intuito único de adorar Aquele que fora revelado como o Rei dos Judeus, o Salvador do mundo. Eles “prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra” (Mt. 2.11). Ainda que o contexto fosse desconcertante, um rei nascido em uma estrebaria, eles não hesitaram em se prostrar, adorar e oferecer dádivas a Jesus. Esses presentes têm especial representatividade: ouro, mostra que Ele é Rei e Senhor; incenso, Deus a quem tributamos louvor; e mirra, o Salvador que se sacrificaria pelo pecado da humanidade.
Tal como fizeram aqueles magos, devemos reconhecer Jesus como o verdadeiro sentido do Natal. Em meio à correria, às compras e trocas de presentes e das ruas repletas de brilho, não esqueçamos do anúncio da estrela que apontava para Aquele que é a razão de ser dessa celebração. Guiados pela Bíblia, a Palavra de Deus, em espírito e verdade, devemos nos prostrar diante dEle, oferecendo o que há de melhor, nossas próprias vidas, em adoração por Seu amor infindo, pela graça maravilhosa de ter se esvaziado da Sua glória (Fp 2.6-8), tomado a forma humana, a fim de que, por meio do Seu Sacrifício vicário na cruz, fôssemos reconciliados com Deus. A Jesus Cristo, o verdadeiro sentido do Natal, seja honra e glória eternamente.