sexta-feira, 11 de junho de 2010

Papa João 12° cegou um cardeal, castrou outro e dormiu com a mãe; veja trecho

da Livraria da Folha
Apesar das controvérsias contemporâneas em torno da Igreja Católica, os papas mais recentes se comportam muito bem se comparados com alguns de seus antecessores. O livro "A História Secreta dos Papas" mostra como diversos sumos sacerdotes da Igreja Católica agiram de forma bem contrária aos ensinamentos cristãos que representavam.

Divulgação

Obra reúne as mais sórdidas e curiosas histórias dos pontífices
Durante a Idade Média não faltaram papas que foram especialistas em conspirações, assassinatos e até bruxarias. O livro conta algumas das histórias mais assustadoras do Vaticano. Uma delas é o Sínodo do Cadáver, em que o bondoso --e falecido-- papa Formoso foi desenterrado, julgado por seu sucessor Estevão 7° e jogado no Rio Tibre.
O livro ainda mostra com detalhes como funcionou a sanguinária Inquisição e conta a história de algumas das suas mais célebres vítimas, como Galileu Galilei, que só escapou da morte porque foi obrigado a negar publicamente seus ideais.
Mas talvez o mais terrível pontífice da história da Igreja Católica seja João 12°, que castrou um de seus cardeais, cegou outro, torturou desafetos -até retirando a pele de alguns-- e chegou a brindar ao demônio em seus diversos bacanais. Apesar da tentativa de diversos bispos de retirar de alguma forma João 12° de sua posição, ele só sossegou mesmo após ser surpreendido pelo marido de sua amante e assassinado com uma martelada no crânio.
Leia abaixo um trecho de "A História Secreta dos Papas" sobre João 12°.
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Dormiu com as prostitutas de seu pai e chegou ao cúmulo de manter relações com sua própria mãe. João XII também presenteava suas amantes com cálices de ouro, verdadeiras relíquias sagradas da igreja de São Pedro. Ele ainda cegou um cardeal e castrou outro, causando sua morte. Apoderava-se das oferendas feitas pelos peregrinos para apostar em jogos. Nessas seções de jogatina, o próprio papa costumava evocar os deuses pagãos para ter sorte ao arremessar os dados. As mulheres eram advertidas a se manterem longe de São João de Latrão, ou de qualquer outro lugar frequentado pelo papa, pois ele estava sempre a procura de novas conquistas. Após pouco tempo, os romanos estavam tão furiosos com tais atitudes que o papa começou a temer por sua vida. Sendo assim, resolveu saquear a igreja de São Pedro e fugir para Tívoli, a 27 quilômetros de Roma.
João XII estava causando tanto estrago ao papado e ao Vaticano, superando os crimes e pecados de seus antecessores, que um sínodo especial foi convocado. Todos os bispos italianos, 16 cardeais e outros prelados (alguns alemães), reuniram-se para decidir o que fazer com o devasso pontífice. Convocaram testemunhas e ouviram evidências sob juramento. Então, fizeram uma lista que adicionava ainda mais acusações às informações bizarras e assustadoras que já possuíam sobre João. Algumas delas foram descritas em uma carta escrita a João pelo Imperador do Sacro Império Romano, Otto I da Saxônia:
O papa João, ainda no exílio em Tívoli, respondeu a Otto em termos ameaçadores que aterrorizaram Roma. Caso o sínodo o depusesse, ameaçou excomungar todos os envolvidos, e assim não poderiam celebrar missas ou conduzir uma ordenação. Em termos cristãos, esse é o pior castigo que um papa pode dar, pois a excomunhão significa estar fora da igreja, perdendo sua proteção e arriscando o espírito imortal.
A Vingança de João XII
O imperador Otto não se curvou à ameaça de excomunhão do papa e o depôs, colocando em seu lugar o papa Leão VIII sem que João soubesse. Quando retornou a Roma, em 963 D.C., sua vingança foi infinitamente pior que sua ameaça. João XII depôs o papa Leão e, ao invés da excomunhão, executou e mutilou todos os que fizeram parte do sínodo. Um bispo teve a pele arrancada, um cardeal teve o nariz e dois dedos cortados e a língua arrancada, e 63 membros do clero e da nobreza romana foram decapitados. Na noite de 14 de maio de 964, parece que todas as rezas implorando a morte de João XII foram ouvidas. Segundo a descrição do bispo João Crescêncio de Protus: "enquanto estava tendo relações sujas e ilícitas com uma matrona romana, o papa foi surpreendido pelo marido de sua amante em pleno ato. O enfurecido traído esmagou seu crânio com um martelo e, finalmente, entregou a indigna alma do papa João XII a Satã".
A Morte Chega para Marózia
A Igreja ainda não tinha acabado com a família das "meretrizes", que gerou nove dos mais pecaminosos papas já existentes e denegriu o nome do papado. Em 986, 22 anos após a dramática morte de João XII, o bispo Crescêncio foi até o Castelo de Santo Ângelo para ver a mãe de João, Marózia. Aquela mulher antes exuberante agora parecia um saco de ossos, vestida em farrapos.

Um comentário:

nadijane disse...

O que dizer desta divulgação?
O melhor que poderia acontecer era que toda nação pudesse ler este livro,não que ele vá instruir alguém,porém todos ficariam ciente do que se passou no vaticano.